“Volta desordenada é o caminho da morte”; comenta governador sobre protesto feito por um grupo de empresários
O
governador do Piauí, Wellington Dias (PT), se posicionou nesta quinta-feira
(28) sobre o protesto feito por um grupo de empresários, em Teresina, que pediu
a reabertura do comércio. Para Wellington, “a volta desordenada é o caminho da
morte para dezenas de pessoas”.
“Compreendo
a angústia e os prejuízos econômicos, pelo setor público também recebo os
reflexos e sei do impacto social. A volta desordenada, por outro lado, é o
caminho da morte para dezenas de pessoas. Parecem duas coisas e não são”,
declarou Wellington Dias.
Desde
o mês de março, o decreto de isolamento social proíbe atividades econômicas e
libera apenas serviços essenciais. Essa medida vale até 7 de junho. O governo
elabora um protocolo para volta gradual da reabertura e deve ser apresentado no
dia 2 de junho.
Nesta
quinta, em Teresina, houve um protesto de um grupo de empresários, de diversos
setores, para pedir a reabertura do comércio. O ato aconteceu na porta do
Palácio da Cidade, sede da prefeitura da capital, teve bandeiras do Brasil e
cartazes com a mensagem #precisotrabalhar.
Wellington
Dias questionou a manifestação com a pergunta: “quantos trabalhadores estavam
na manifestação?”.
Wellington Dias
afirmou que as medidas de isolamento no estado impediram 850 mortes.
“Me
preocupo com empreendedores, mas também com os trabalhadores. Olhando para o
Brasil, o Piauí teria cerca de 850 óbitos se não tivéssemos adotado as medidas
que adotamos, evitamos mais de 700 mortes. Quanto vale uma vida?”, disse o
governador.
O
Piauí atingiu 4.243 casos de confirmados de coronavírus, segundo último boletim
da secretaria de saúde, e chegou a 138 mortes em decorrência da Covid-19.
Sobre
a volta do comércio, Wellington afirmou que há programas de retorno, com
segurança, sendo desenvolvidos em conversa com empreendedores e trabalhadores.
Não há cronograma definido, mas estudos com a Fundação Getúlio Vargas (FGV)
também estão em andamento. Dias, contudo, já disse que a desobediência ao
isolamento social pode forçar "mais tempo de quarentena".
“O
vírus que causa a doença Covid-19, que não tem vacina e nem um remédio
específico, é o inimigo comum, da saúde e da economia. Estamos, com
responsabilidade, tratando da retomada, e com os protocolos já bem andados e
dialogando com empreendedores e trabalhadores”, concluiu Wellington.
Fonte:
G1 PI



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