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Promotor apura participação de uma segunda pessoa na morte da estudante Camilla Abreu

A advogada Ravenna Castro, que representa a família da estudante de direito Camilla Abreu afirmou que há a possibilidade do capitão da Polícia Militar, Allisson Wattson, ter tido ajuda de uma segunda pessoa no assassinato e na ocultação do cadáver da jovem. O promotor Benigno Filho investiga o caso. A suspeita foi gerada após uma testemunha afirmar que teria visto o capitão acompanhado de outra pessoa após o crime. No inquérito não foi possível identificar quem estaria acompanhando o capitão. “Pelo que foi dito por uma das testemunhas do inquérito, levantou a dúvida do promotor se o capitão cometeu a dinâmica do crime todo sozinho”, contou a advogada.
Outro ponto chave para levantar dúvidas ao promotor foi que Camilla teria sido encontrada com roupa, mas sem a calcinha. “A Camila era uma mulher de quase 1,70 de altura, com peso razoável. Então pra ele ter conseguido fazer esse homicídio, carregar o corpo da Camilla, colocar no porta-malas, vestir a Camilla sozinho, uma mulher já desfalecida, morta [ele precisava de ajuda] para ter colocado uma calça apertada daquelas. E a calcinha da Camilla desapareceu. Como foi que ela tirou essa calcinha sem tirar a calça?”, questionou Ravenna.
“No inquérito a gente não conseguiu identificar quem foi essa pessoa, mas o promotor está com sérias dúvidas de que essa pessoa ajudou. Porque ele não teria conseguido fazer toda essa dinâmica de matar, de vestir, de botar no bagageiro do carro, de procurar um local para o corpo dela, esconder o corpo dela e ainda cortar galho de árvore nervoso, sozinho”, continuou. O laudo do IML que vai constatar se houve ou não relação sexual ainda não foi concluído. “A gente pensa assim: ele cometeu o ato e depois de ter cometido o ato pode ter matado ela ainda nua e ter vestido depois, mas com ajuda de alguém”, disse.
Reconstituição do crime: “Inclusive há a possibilidade de ele [Benigno Filho] pedir uma reconstituição, uma simulação do crime para refazer todo o percurso para a gente entender se ele cometeu isso tudo sozinho ou não”, disse Ravenna. Exclusão do capitão da PM Ravenna Castro ainda acrescentou que a família aguarda a expulsão do capitão. “O que a gente quer cobrar é a decisão do Conselho de Justificação a respeito da exclusão dele. Porque já está com mais de 30 dias que a Camilla foi morta e até hoje nunca saiu nenhuma decisão do Conselho de Justificação [da Polícia Militar].
“Eles estão com dois inquéritos arquivados de denúncias contra o capitão. Duas denúncias que tramitaram lá e foram arquivadas no Conselho de Justificação da Polícia Militar. O caso da Camila já é a terceira denúncia contra ele. Uma parece que foi por disparo de arma de fogo contra uma pessoa e a outra me parece que foi uma pessoa que ele ameaçou usando a arma, colocando a pessoa em cárcere privado. Todas por conduta violenta”, concluiu.
  • Fonte: GP1

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