Papa Francisco liga para arcebispo de Manaus e se solidariza com as famílias vítimas da pandemia
O
papa Francisco telefonou na tarde deste sábado (25) para o arcebispo de Manaus,
dom Leonardo Steiner. O sumo pontífice perguntou sobre a situação da cidade e
manifestou preocupação com os povos indígenas, tradicionais e pobres, segundo
comunicado da Arquidiocese de Manaus.
Segundo
monitoramento diário da Covid-19 feito pela Repam (Rede Eclesiástica
Pan-Amazônica), a região de Manaus é a que mais sofre com a pandemia entre
todas as cidades da Amazônia, incluindo municípios de nove países, entre os
quais Colômbia, Peru, Venezuela, Equador e Bolívia.
"O
arcebispo agradeceu as palavras de conforto e consolo, apresentando ao papa o
que a arquidiocese tem feito no cuidado dos irmãos e irmãs que vivem nas nossas
ruas, na distribuição de cestas básicas, na atenção às pessoas que sofrem, no
atendimento aos migrantes", diz a nota. "Lembrou que, neste sábado,
as chuvas trouxeram ainda mais sofrimento às nossas periferias."
"O
papa, no final, agradeceu mais uma vez e afirmou que reza por todos nós e que
enviava uma bênção especial para a Amazônia", afirmou dom Leonardo, sempre
de acordo com o comunicado. "Somos profundamente agradecidos ao papa
Francisco pelo seu gesto paterno-eclesial."
Manaus
foi a primeira cidade do país com o sistema de saúde colapsado por causa do
novo coronavírus. A rede pública está com os leitos de UTI ocupados, e o maior
cemitério da cidade passou a enterrar vítimas da Covid-19 em valas comuns, por
causa da alta demanda. Ambulâncias do Samu levam até 3h para conseguir uma vaga
para pacientes transportados.
O
estado do Amazonas registra a maior incidência do novo coronavírus do país. São
3.635 casos confirmados no estado, com 287 mortos. Os pacientes recuperados
somam 1.089 pessoas.
A
Amazônia é considerada uma das prioridades do pontificado de Francisco. No ano
passado, o Vaticano sediou um sínodo inédito sobre a região, com o objetivo de
fortalecer a presença da Igreja Católica entre os povos indígenas e
tradicionais.
Fonte:
Folhapress


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